Lx - imigrantes
Cara comunidade
Penso que dentro de algumas semanas poderei anunciar que já trabalho e não emprego (como muitos procuram por ai)!
Para não variar Lisboa é cidade de passagem a qualquer personna lusa, pois bem cá me encontro eu também!
Queria trabalhar nos arredores de Gavião, impossível , dizeis vós!
Com razão! Mas insisti até que esmoreci!
Num concelho que vive do "Estado" Português (serviços autarquicos ) 20% da população activa e 50% na "Industria dos serviços à 3ª idade" o meu perfil não encontraria talvez a situação mais apropriada!!!
Mas a vida é feita de inconstâncias constantes, e aqui (LX) estou a reencontrar todos os "amigos" e conhecidos que nasceram ou tiveram naturalidades Gavionenses!
Tornámo-nos os novos navegadores, os novos emigrantes!
No inicio, migramos para as novas terras para as colonizar conquistando-a aos mouros, depois fomos pelos mares "ADENTRO" (Brasillllll na na na na na na na nah , Braaasil )! Ao fim de algum tempo voltamos a nossa velha patria com as repatriações impostas pelos ingleses e outros que tais no século XVIII e XIX! Fomos a França, EUA e ao Canadá (este já agora está na actualidade a ser muito ingrato) a "salto", no tempo do nosso constantemente reavivado Salazar! No mui conhecido pós 25 de Abril repatriaram-se os restantes portugueses das colónias ou províncias " e na actualidade a população citadina migra para Espanha, Reino Unido e Alemanha!!!
Sinto-me pois pequeno perante tais fenómenos de migração globais, mas vejo por aqui cada vez mais Gavionenses vivendo do pão de Deus (que o Alentejo só ja vende Azeite fiscalmente espanhol e Porco Preto - que na cidade dizem que tem outro sabor, mas se criarem um porco branco nas mesmas condições que o preto é igual), e de uma Água de origem Beirã/Ribatejana tão nossa conhecida!
Quem andar por ai, ou por aqui me avise... um café bebe-se sempre com amigos!
Paulo Matos
Rua Álvares Cabral, Nº5 cave (ainda há a sub cave)
Lisboa ou melhor Lx
Saida directa do Metro de Lisboa, na Linha Amarela, ao pé da sede dos actuais governantes (largo do rato)!
Tinha eu então os meus ainda tenros 16 quando pus os pés ao caminho. Terminada que estava a construção "daquilo que foi a Fábrica de Tacos de Azinho" na Comenda, as perspectivas eram pouco animadoras. Ainda pedi trabalho a um Lavrador de então que já não está entre nós. - Vai-te embora, vai-te embora. Vai para uma terra grande, dizia-me o sr . António Pinto de Abreu.
Como se diz por lá, contra isto, batatas!
É o nosso espírito empreendedor no seu melhor.
Será que algum dia uma nova geração de homens e mulheres terão capacidade para inverter esta tragédia?
P.S. Não sou de forma alguma contra o facto de as pessoas migrarem de uns lados para outros. Sei bem o quanto esse facto é aliás uma boa escola. O problema está na falta de perspectivas de regresso. A maioria só volta para cumprir a derradeira etapa da vida. É pena!
Mas enquanto isso não acontecer e com a continuada centralização de serviços de saúde não aconselho ninguém a ir acabar os seus dias lá...