Do dia à Noite
Estava escuro, sóbrio e terrivelmente nublado, quase não se via um palmo à frente dos olhos quando se viu duas luzes o que era? Certamente um carro mas ainda estaria longe! Foi-se aproximando e realmente era o que se esperava ser um carro com caçadores que tinha encontrado o seu sítio ao pé do nosso local (Tinha de ser! Porque?).
Só no final da alvorada se podia ver quem é que teria encostado ao lado do nosso carro?- É que nós também éramos caçadores e tínhamos escolhido sítio para caçar naquele mesmo dia.
Quem aviria de ser(Só cá faltava este!)? O nosso ex-colega de caça e agora rival o tio Zé Fogeão que como tinha sido nosso colega conhecia os melhores locais onde caçar. Entretanto ao aparecer o Sol e consequentemente aterra se iluminar podemos começar a busca ao coelho - é que a lebre só se caça de tarde; em primeiro é preciso acordar, a seguir montar armas e largar cães e finalmente começar a percorrer caminhos, trilhos, pastagens, etc..
Fomos andando, andado até que mimos pêlo preso em arame farpado era bom sinal (até os cães ficaram loucos quando cheiraram aquilo), e sinal esse, que nos podia trazer sorte, mas continuando, ao ver esses pêlos no arame decidimos descer a colina e realmente(mais uma vez) era o que se esperava um cruzilhado de tocas recentes e foi só esperar, esperar e de repente vê-se um coelho a sair (eram 10:19:53 segundos) um dos nossos apontou e quando ia disparar ouve-se um estrondo, um tiro!
- O coelho até deitava o seu sangue para o ar! –disse a minha pessoa. Quem seria? Uma pergunta perguntada a nós próprios, fomo-nos chegando perto e claro, e tinha de ser, é obvio o tio Zé Fogeão que enquanto «um diabo esfregou um olho» saltou e pulou para apanhar o coelho, entretanto um dos meus colegas que tinha apontado para esse colho perguntou-lhe?
-Você não têm mais que fazer que seguir-nos?
O nosso ex-colega abaixou a cabeça apanhou o coelho e sorrindo por debaixo de uma grande barba voltou as costas e começou a andar para seu destino; ao começar a andar vêem ao nosso encontro uma lebre não sei de onde, e porque mas a lebre não se apercebera que “nós” estávamos no “final” daquela colina então o meu melhor amigo dispara (sem sequer perguntar o que era aquilo, e nem sequer fazer pontaria) um cartucho que por incrível que pareça lhe acertou na cabeça e numa pata dianteira o que para o tio Zé Fogeão foi como uma pedra a cair-lhe em cima ou ele a partir-se aos bocados e o sorriso transformando-se em desolação o que fez nele transformações que nunca se ade esquecer porque a cobiça mata i no final do dia fomos para casa onde jatámos uma bela sopa de lebre.
Paulo Matos
8º B N.º 14
8 de Fevereiro de 1999 - 22:49
Uma recordação da minha infancia que encontrei no meu lixo civilizacional...