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Intervenção de Paulo Matos, candidato à presidência da Câmara de Gavião,
numa sessão de trabalhos com o Presidente do PSD
Dr. Pedro Passos Coelho, também
Primeiro-ministro de Portugal.
Marvão, 1 de Setembro de 2013
Caro Dr. Pedro Passos Coelho, muito obrigado pelo convite e oportunidade.
Vou ser como sempre sou, relativamente disruptivo mas a pluralidade também é isto.
Irei apresentar-me até para perceber algumas das ideias que quero levar para Gavião. Sou o Paulo Matos, formado em Gestão pelo Politécnico de Portalegre, sendo que profissionalmente, exerço um oficio deste novo século, sou software tester.
É com base na minha profissão, que percebo que estando a trabalhar em Lisboa, na verdade forneço software para Brasil, mas podia estar a fazer a mesma tarefa a partir do Gavião. E é por este conhecimento e visão adquiridos da nova sociedade, que o principal objetivo é trazer para Gavião, uma plataforma de serviços de backoffice (secretariado), num sistema nearshore. Dar uma oportunidade aos muitos licenciados do concelho que estão em casa, no desemprego. É a nossa grande bandeira eleitoral.
Por outro lado, gostaria de afirmar que estamos a lutar e vamos Vencer em Gavião. A unidade desta candidatura emana da sociedade, as nossas equipas tem incorporado 4 ex-candidatos à presidência da Câmara pelo PSD, as nossas equipas tem cidadãos provenientes do PS, da CDU e naturalmente do PSD, mas é o conjunto de todos que faz um movimento forte de cidadania.
Em termos de situações problemáticas no concelho, gostaria de assinalar dois casos específicos.
O Sr. Presidente e o Dr. Marco António Costa, naturais do norte de Portugal, lembrar-se-ão certamente da tragédia ponte de Entre Os Rios. A ponte que liga Gavião a Belver, não é muito diferente. Há coisa de um ano, a empresa ganhou o concurso para efectuar as obras estruturais, percebeu que sub-orçamentou o valor dos trabalhos, e abandonou a empreitada sem a iniciar. Mas o perigo está ali todos os dias, por isso é necessário acelerar o processo do concurso para novo empreiteiro. Dê a sua ajuda.
A segunda questão, tem a ver com a Saúde.
Para melhorar alguns rácios de produtividade do hospital de Portalegre, o sistema de saúde de Gavião, foi direcionado (para Portalegre). Acontece que o hospital de Abrantes pertencente ao Centro Hospitalar do Médio Tejo está a 20 ou 30 km, os nossos utentes em serviço de urgência são transportados para ali, e quando estão mais “capazes” (mesmo a meio da noite), são transferidos para Portalegre que fica a 90 km. Isto não pode ser por vários motivos. O primeiro motivo, é porque não há rede de transportes públicos abrangente o suficiente em Gavião e que chegue a Portalegre, que permita às famílias prestar assistência familiar. O sistema de saúde deve direcionar as pessoas, em conformidade da sua proximidade, até porque isto dá relevo ao segundo motivo, que é que com esta reorganização não se poupa dinheiro, e acaba-se por gastar ainda mais, com as deslocações dos pacientes.
A propósito do novo quadro comunitário, a minha opinião é que os investimentos têm de ser aprovados com parcimónia.
Como eu costumo dizer, os investimentos têm de ser reprodutivos, tem de gerar mais-valias ao território. Não se admite, e dou o exemplo de Gavião, que se tenha construído um estádio com um valor de investimento em mais de meio milhão de euros, e ele não vai gerar um único emprego.
Por último, e porque com os funcionários de uma autarquia não se deve brincar, muito menos com os seus salários, deixe-me contar-lhe esta história: em 2009, o secretário de estado do Governo Socialista de Sócrates, disse que não se podia aumentar os salários na função pública. Porém, houve alguns Presidentes de Câmara que ao abrigo de zonas cinzentas da lei, alegaram que o poder local é autónomo do poder central, e como em ano de eleições para poderem ganhar confortavelmente, aumentaram os salários, e assim foi em Gavião, com o atual presidente de câmara, Jorge Martins. Mas eis que em 2010, surge o IGAL (Inspecção-Geral da Administração Local ) que não concordava com a situação, e o presidente para salvar-se, rouba o que deu. Sem haver confirmação oficial, há cerca de uma semana (final de Agosto), eis que tomo conhecimento que o presidente da câmara Jorge Martins, voltou a dar, mas apenas a alguns.
Caro Dr. Pedro Passos Coelho, isto é brincar com a vida das pessoas. Peço-lhe pois que tome nota deste imbróglio da Opção Gestionária, e não permita, nunca mais, que pessoas como o atual presidente da Câmara do Partido Socialista – Jorge Martins, possam dispor dos salários dos seus funcionários, ora dando, ora roubando, em função de interesses eleitoralistas.
Muito obrigado.