Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Um espaço sem censura! Focado na sociedade!

A livre opinião por Paulo Matos e ao abrigo da Constituição da República Portuguesa!

Um espaço sem censura! Focado na sociedade!

A livre opinião por Paulo Matos e ao abrigo da Constituição da República Portuguesa!

24 de Dezembro - 100% honesto

24.12.07, Paulo José Matos
Segunda-feira, 24 de Dezembro de 2007
Ja que estamos no Natal, vou falar de decote/Seios


Em primeiro lugar não estou louco... Apenas quero falar de algo bom, sem hipóteses de não ser sincero, neste dia de natal!


 

Como é difícil encontrar um tema em que a minha opinião esteja fortemente estruturada pensei num tema que em mim é natural! do qual não sei mais que o comum mortal, mas que me suscita sempre imensa curiosidade! Quem não gosta de ver um  "Decote"?


 

Se existe coisa mais bonita ao corpo humano é seriamente o "Seio feminino" sendo este conseguido por tecido adiposo, conectivo e as famosas glândulas mamárias... são um estimulo sexual de tal nível que na cultura ocidentalizada chega a ser perturbador!!!



"Sei os teus seios.
Sei-os de cor.

Para a frente, para cima,
Despontam, alegres, os teus seios.

Vitoriosos já,
Mas não ainda triunfais.

Quem comparou os seios que são teus
(Banal imagem) a colinas!

Com donaire avançam os teus seios,
Ó minha embarcação!

Porque não há
Padarias que em vez de pão nos dêem seios
Logo p'la manhã?

Quantas vezes
Interrogastes, ao espelho, os seios?

Tão tolos os teus seios! Toda a noite
Com inveja um do outro, toda a santa
Noite!

Quantos seios ficaram por amar?

Seios pasmados, seios lorpas, seios
Como barrigas de glutões!

Seios decrépitos e no entanto belos
Como o que já viveu e fez viver!

Seios inacessíveis e tão altos
Como um orgulho que há-de rebentar
Em deseperadas , quarentonas lágrimas...

Seios fortes como os da Liberdade
Delacroix-guiando o Povo.

Seios que vão à escola p'ra de lá saírem
Direitinhos p'ra casa...

Seios que deram o bom leite da vida
A vorazes filhos alheios!

Diz-se rijo dum seio que, vencido,
Acaba por vencer...

O amor excessivo dum poeta:
"E hei-de mandar fazer um almanaque
da pele encadernado do teu seio"

Retirar-me para uns seios que me esperam
Há tantos anos, fielmente, na província!

Arrulho de pequenos seios
No peitoril de uma janela
Aberta sobre a vida.

Botas, botirrafas
Pisando tudo, até os seios
Em que o amor se exalta e robustece!

Seios adivinhados, entrevistos,
Jamais possuídos, sempre desejados!

"Oculta, pois, oculta esses objectos
Altares onde fazem sacrifícios
Quantos os vêem com olhos indiscretos"

Raimundo Lúlio , a mulher casada
Que cortejastes, que perseguistes
Até entrares, a cavalo, p'la igreja
Onde fora rezar,
Mudou-te a vida quando te mostrou
("É isto que amas?")
De repente a podridão do seio.

Raparigas dos limões a oferecerem
Fruta mais atrevida: inesperados seios...

Uma roda de velhos seios despeitados,
Rabujando,
A pretexto de chá...

Engolfo-me num seio até perder
Memória de quem sou...

Quantos seios devorou a guerra, quantos,
Depressa ou devagar, roubou à vida,
À alegria, ao amor e às gulosas
Bocas dos miúdos!

Pouso a cabeça no teu seio
E nenhum desejo me estremece a carne.

Vejo os teus seios, absortos
Sobre um pequeno ser"

Alexandre O'Neill



Com um tema tão fútil, mas agradável visualmente, e sendo acompanhado com tão belas ilustrações, nem me apeteceu escrever muito, deixando a escrita para quem sabe, neste belo poema que em cima coloquei...

 Enfim, sem dizer muito mais banalidades, Boas festas!

Paulo José Estrela Vitoriano de Matos

Dezembro 2007